quinta-feira, 12 de junho de 2014

Segundinho vem aí...

Estou grávida. De novo.

Diferentemente do que me aconteceu na primeira gravidez  -planejada, sonhada e toda aquele mimimi romântico - e real - esse me pegou disprevinida e de calça arriada.
Diferentemente do que passou pela minha primeira gravidez, eu não vi estrelas no céu, nem as pessoas eram mais bonitas. Eu fiquei apavorada. 
Eu sei, bizarro, porque todo mundo sabe - eu queria mais um  - mas a sensação de que me deu foi mais uma coisa tipo isso:



Pensei em todo tipo de coisa: Do... "droga! vou perder minhas roupas... até nunca mais vou dormir na vida"
Sem sintomas nenhum - digo eu achava que nenhum - nem desconfiava da gravidez. Foram 5 kilos ganhos em 1 mês e eu me gabava do meu aumento de peso espetacular (faltava 5 para o que eu queria pesar) como se fosse responsável por isso. Fora, claro, a ausência de menstruação, que só me incomodou uns 18 dias depois de atrasado. Sem enjoo, sem sono pesado. N-A-D-A. 

Fiz o teste de farmácia e ao fazer xixi cruzei os dedos e pensei : "dê positivo para eu não ter gasto 10 reais a toa", nem menos de 1 segundo as duas faixinhas estavam lá e eu pensei: "não, não era brincadeira";

A minha reação me surpreendeu, nunca imaginei que eu estava "não" querendo um filho (eu!? gente, eu?!). Mais me surpreendeu foi a alegria bizarra do Vini. Me surpreendeu muito, não me lembro dele feliz deste jeito na vez que falei da Laura.... e era - a Laura - uma coisa que esperávamos a muito tempo, este filho ele tinha decidido mesmo a te-lo faz 15 dias, depois que ameacei comprar anticoncepcional que eu já tinha desistido. Mas assim? reações opostas?

Não deu outra, apavorada - sim apavorada - fui já procurar minha equipe de parto e quanto eu teria que gastar com isso. Por bizarro que pareça o "preço" não foi mais assustador do que perder as roupas (eu? preocupada com roupa? eu?! =S).

E assim o dia foi correndo... contei só na hora do desespero para meus pais e para duas  amigas que já passaram por isso (rs).

Peguei a Laura na escola e meio a lágrimas contei a ela:

- Laura, você quer um neném? mamãe espera um neném na barriga.

Para o dia se tornar mais bizarro, ela ergueu os braços e gritou no meio da rua:

  - ÊÊÊÊÊÊÊ! Neném Lalá!

Vim pelo caminho explicando que ela teria que dividir tudo, inclusive o tetê, os brinquedos, o papai e a mamãe (tentando talvez de uma forma sarcástica faze-la com que ela não quisesse ter um irmão?), ela cada vez mais sorria e ficava dizendo:

  -é, neném brinquedo lalá. é neném papai lalá (...).

Chegando em casa ela pediu o tetê, subimos no sofá e ela veio ao meu colo, pegou um dos tetês e disse espontaneamente:

 - Esse tetê da lalá (mamando o peito direito) e esse tetê neném (apontando para o peito esquerdo).

Passei a tarde mostrando fotos de neném e como ele estaria na barriga da mamãe agora (igual um girino), ela passava a mão e abraçava a barriga. Foi estranho.

O dia passou e eu me entusiasmava e hora ficava pensativa, a noite chegou sem que eu conseguisse dormir.

No dia seguinte marquei meu pré natal para fazer na UBS aqui perto.

Não sei se a ficha caiu - ou não - mas já estou voltando a ter lampejos de vontade de ter mais um neném em casa - afinal eu queria tanto - só ainda me sentindo incrivelmente esquisita =S. Devem ser hormônios.

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