Você me dá forças.

Oi bebê,

mais de mês que não te escrevo.

Mas mamãe anda cansada, exausta fisicamente e psicologicamente.

Sonho contigo todas as noites e te espero quase em extase - sem estar ansiosa.

Mas vou te dizer, essa gravidez me pegou mais disprevinida do que calça caindo no meio da 25 de março.

De toda a externalidade que eu tinha na gravidez da Laura, confiança, disposição, orgulho, rebeldia, sonhos, futuro, vontade de lutar, de vencer....

Na sua eu vivo um eu, uma internalidade quase doída.

Um sentimentalismo barato, uma indisposição física (estou devagar, sempre com dor/desconforto em algum lugar diferente), um medo surreal de qualquer coisa, qualquer coisa, reflexões sobre meus defeitos, minha maternidade e meu passado quase que o tempo inteiro, o tempo inteiro. Não brigo com ninguém, não me reconheço e estou quase sempre me sentindo culpada ou tentando ser alguém totalmente passivo.

Ta foda fazer essa transição. Que se eu não gestei minha sombra na primeira gravidez, agora ela veio redobrada. Você é todo o meu EU anterior, tudo o que eu nunca bati de frente - eu mesma, agora tendo que enfrentar. A luta mais difícil da minha vida, com certeza.

Faço o que? Agradeço horas, sem você eu poderia conhecer o mundo inteiro, mas não ME conheceria.

Obrigado meu neném, por transformar a sua mãe.

Meu trio

Ultrassom morfológico

Hoje vi - quase - que todos os pedacinhos do seu corpo de peralta.
com 460 gramas, super saudável, super agitado, com as mãos abertas e corpo atlético, rosto menos arredondado do que da irmã, sinto você diferente, porque é diferente.

E o exame já passou faz 1 hora e ainda se mexe, mexe, mexe. Não é a toa que leva o apelido de polvo.

Não, não vimos o seu sexo - nem passamos por lá. Vimos os dedinhos da mão (e que mão mais agitada!), os 3cm e meio de pé (que pouco parava no lugar), o coração batendo e o rosto mais lindo do mundo.

E na hora eu só conseguia pensar:

  Como sou sortuda, como sou sortuda. Tenho os filhos mais lindos do mundo. Sou a mãe mais feliz do universo. A mãe mais abençoada...

Contive o choro emocionado por algum tempo, como posso ter me apaixonado tanto por um ser que ainda não chegou a esse mundo?

Finalmente me reencontro.

Eubebê

Amor puro.

Companheiras de Gravidez.

Uma coisa que eu curto é comparar uma gravidez com a outra, rs...

É como assistir um filme pela segunda vez e enxerga-lo de uma forma diferente...

Percebi agora que eu elegi uma companheira de gravidez tanto na primeira vez, quanto na segunda vez. Ambas as vezes com seres que eu amava demais.

Na gravidez da Laura, Mel - minha cadela que não só me acompanhou na vida, mas me deu um suporte inimaginável - acompanhou a gravidez como sua última tarefa de vida, assim que "viu" que eu conseguiria caminhar sem ela - sim, porque minha dependência por ela era muita - ela se foi, me deixando em um momento totalmente sublime de felicidade.

Ela parecia esperar comigo cada segunda da vinda da Laura,O mesmo "medo" que me acompanha hoje, me  acompanhou com ela, dela ficar ciumenta - e que nada! Era uma mãenzona nata (tanto para os 11 filhotes que ela teve, quanto para a "irmã" que ela tinha ganhado), me acordou na primeira noite puxando os meus cabelo com o focinho para atender a Laura que chorava.

- e pausa - porque ando tão manteiga derretida que estou chorando por lembrar -

Atualmente minha companheirona é minha filha Laura,

Foi uma das primeiras pessoas com a qual eu contei sobre a vinda do irmão - e ergueu as mãonzinhas gritando ebaaaa, como nunca vi uma criança da idade dela entender e fazer.
Põem a mãonzinha para sentir o bebê chutando, passa a mão na barriga, dá beijo e abraço e me dá um suporte que pequenininha do jeito que ela é, nem imagina.

Outro dia acordou no meio da madrugada, levantou, abraçou a barriga e disse:

- "O neném é muito bonitaaa mamãe" e voltou a dormir no segundo seguinte

- quase outra pausa -


Eu sou abençoada demais - e como sou!

Sexo: O porque não quero saber?

Uma das perguntas mais recorrentes depois que engravidamos é:

Qual é o sexo?

Também é motivo de ansiosidade para a maioria dos pais e mães que esperam o bebê.

Bom, eu e marido não queremos saber o sexo do nosso bebê dois, mas na nossa primeira filha isso foi bem diferente:

 Obviamente minha gravidez atual esta sendo bem melhor que minha primeira gravidez, ao menos neste período: na qual não tive sangramentos, não parei em hospital, não precisei acreditar que só posso ter filho de cesárea, barriga não cresceu tão depressa - eagora eu sento desde cedo nos trens e onibus, rs - e não tive enjoôs diários, que foi sintomas horrorosos - para não dizer pior - na primeira gravidez. De toda forma, fez com que o medo de perder o bebê sonhado e o tempo que eu tinha disponível para bajular a barriga fizesse com que eu ficasse BEM mais ansiosa, tudo que eu queria era aquele bebê nos meus braços e que aquele bebê fosse um meninO.

No dia do ultrassom, depois de quase infartar de ansiosidade e de comer chocolate aos montes, veio a notícia: Era uma menina.  Minha primeira reação foi chorar e me lamentar por não ter um nome de menina... mas o tempo passou, minha filha nasceu e com muita informação e engajamento em causas da maternidade, percebi - e principalmente vivienciei - o quanto eu era sortuda por ter uma criança, independente do sexo. Eu realmente me descobri na profissão mãe, era exatamente para isso que eu vim ao mundo, e também por me tornar um pouco feminista, o fato de ter filha mulher quase que caíu como uma luva. Ela é perfeita em tudo, é uma alegria ter um ser todo cor-de-rosa de alma e de azul  (cor preferida dela) no corpo em casa. Menina muleka que gosta de carrinho (e viciada em bola) e passar batom - de brinquedo tá? -, menina carinhosa, companheira, amiga mesmo.

Aí vem a notícia de um segundo filho e cada vez mais eu me pergunto: O porque de saber o sexo é tão essencial? Realmente não tenho preferências, realmente, realmente. Duas meninas seriam uma alegria imensurável, assim como uma menina e um menino, a alegria de receber a criança em meus braços na hora do parto, ama-la no primeiro momento e só então saber qual é o nome daquele bebê me faz estremecer de alegria. O que a criança tem no meio das pernas não muda em nada nenhum fato que EU possa modificar sabendo antes, nem roupas (que já existem), nem o quarto, nem a profissão futura, muito menos os afazeres e ajudas futuras de casa.

E acho que nesse caso- nesse caso - o argumento vale: " o importante que venha com saúde!"

Então, o porque não quero saber o sexo do meu bebê? Porque não faz a mínima diferença agora, mas trará uma grande alegria na hora de sua recepção!

Esperamos a hora futura, mas aproveitando cada passo, cada minutinho de um ser "barriga", que se mexe igual polvo na barriga desde cedo. Sem pressas, sem ansiosidade.

E para não matar a curiosidade, coloco a tabela chinesa, na qual eu mesmo não sei o mês que engravidei e que um para o outro o sexo muda, rs!

4 meses

4 meses e você assim ó!

Já chuta com força, revida a irmã e me dá uma sensação de viver pela primeira vez uma gravidez.

Sonho com você vindo ao mundo quase todos os dias - ou todos os dias.

Estamos quase na metade dessa jornada! Vamos que vamos!

Só um marco:

Ontem levantaram do trem para eu sentar - nem sequer pedi.

Acho que você já esta aparecendo aos olhos do mundo <3. 

Que seu mundo seja assim...

Segunda consulta SUS

Bebê com coração perfeito.
46 kilos.
Pressão 6/10.

Vida ainda inconstante. Vamos caminhando. Um hora chegamos.

Saldos final do primeiro trimestre do bebê2:

- 7 desmaios (ôloko)
- enjoôs noturnos (de leve)
- comendo igual dinossauro (+ 7 kilos e peso igual do início da gravidez da laura)
- Preparação de enxoval: Nhecas.
- Estresses com falas e opiniões: zero a esquerda.
- Identificação com barriga e bebês alheios: menos zero. 
- moeda caindo: começando a cair lerdamente.
- nomes? escolhido!
- sonhos? fantásticos, fantasmagóricos, realistas, ficcionistas, loucos. (ô fase legal de sonhar! Criatividade a mil!)
- Acordadas noturnas por causa do bebê 1: 1 vez.
- Acordadas noturnas por causa de xixi: 2 vezes.
- Acordadas noturnas por causa de fome: 1 vez.
- Menos tarefas: me livrei das louças, de fazer comida, de meia tonelada de roupa para passar (tinha uma T), aumentou minhas horas de dormir no fim de semana e me livrei da hora de dormir da Laura. (tarefas a mais para o maridón).

Começamos (ou começaremos ou já começamos?) fase 2 do bebê 2. Descanso? I hope So....

Parei e ...

Comecei a enfim, aprestar atenção.
Faz 1 dia, 24 horas, que finalmente to pensando em você.
Via facebook, via pensamentos, via sentidos.

Enfim, você começa a entrar em minha vida e me conquistando, aos pouquinhos, meio tímido.

Vamos indo, vamos caminhando.

Aos poucos já imagino sua vinda ao nosso mundo...

E a arte na barriga...

Porque os laços se formam brincando:

mais ou menos dois meses e assim:

Primeira foto da barriga

Ah sim, essa te enche de beijos o dia inteiro....

Gravidezes parte 1

As diferenças dessa e da primeira gravidez são no mínimo gritantes:

Gravidez 1: "nossa, um ser cresce em mim! que mágico!"
Gravidez 2: "preciso correr com a janta e dar um jeito de estudar hoje"

Gravidez1: "não vou contar para ninguém ainda, para que seja surpresa, mágico"
Gravidez2: "opa, deu um tempo aqui para contar, deixa eu aproveitar"

Gravidez1: "fulana disse que não vou ser uma boa mãe, mas vou provar para ela que mimimi"
Gravidez2: "quem falou o que? foi mal, não tive tempo/interesse de ouvir"

Gravidez1; "estou enjoada, vomitando, vou descansar um pouco, eu sei que é por uma boa causa"
Gravidez2: "opa, tontura de novo, quase vomitando, vou apoiar um pouco aqui na parede e rezar para passar logo"

Gravidez1: Passar a mão na barriga, sonhar com o dia que você chegar, dizer o quanto te amo, dizer orgulhosamente "estou grávida" e obviamente, saber que eu fui feita para isso.
Gravidez2: mimar o filho mais velho o máximo possível, dizer o quanto você o ama, esperar que o tempo passe devagar e rezar para que dê conta de dois quando chegar.

Gravidez1: Ouvir conselhos exageradamente, tentar mostrar que sabe algo sobre maternidade, colocar minhocas na cabeça, receber olhares de "tadinha" e morrer de raiva por isso, passar na rua vendo crianças e grávidas e sonhar com o dia que irá tar naquele "estágio".
Gravidez2: Dar conselhos, ouvir muito apoio e "você consegue", não lembrar se ouviu algum conselho desnecessário, não lembrar se viu algum olhar, não lembrar se viu alguma criança ou grávida na rua sem ser você e a sua criança.

Ultrassom: First one.

E eu fiz o ultrassom, o primeiro para descobrir as semanas certinho (Dpp para fevereiro).

Já faz uns dias e ta aí, só fui escrever sobre ele hoje. Hoje?

Que a ansiosidade esta menor - bem menor - do que a gravidez anterior, esta. E o tempo mais corrido, barriga salientando-se e umbigo já pulando para fora - Pera! Ainda não!

Bebê ótimo, único, com coração forte e tamanho normal. Emoção de vê-lo é fortíssimo, êxtase nas primeiras horas pós visita, bom confirmar: sim! Bate um coração dentro de mim! E de um cabeçudinho super fofo =)

Mas ainda tenho receios, preocupações, ecos de pessoas de mal com a vida, mas que graças, são completamente ofuscadas pela quantidade de pessoas que estão ao nosso lado, vibrando com a gente, se emocionando com a gente (Pessoas que eu nem imaginava!). Alegria no fim reflete tudo. Mas a vida tá corrida e preciso dar um jeito de deixar ela bem pouco corrida até o final do ano. Acho que esta é a parte que me "amedronta", no fim, a delícia de um bebê nos braços paga qualquer coisa, ah! aquela sensação, bate saudade e vontade.

Caminharemos....

Enquanto isso, fica a foto do nosso mais novo membro da família! - Que posso estar viajando, mas não achei nada parecido com a Laura no mesmo período -

Sintomas e outros assuntos gravíticos

Ah! os sintomas, eles começam a aparecer agora...
Enjoôs quase constantes (e principalmente a noite), enojando de alimentos específicos (queijo principalmente) e uma fome que faria com que eu comesse um leão, uma cabra e um elefante (e passasse mal depois, claro).

Também comecei a acordar de madrugada para fazer xixi -aí aí.

E com os sintomas a ligação que foi instantânea na gravidez da Laura, começa a se formar agora entre eu e bb2, vini anda se aproximando da barriga também, mas ainda não me sinto confortável. Apesar dela ganhar beijos de bom dia e boa noite da Laura todos os dias - e as vezes ela até oferece um dos tetês - as vezes, rs

Em muitos momentos penso que na verdade, o que eu queria mesmo era ter colocado um OVO. E só agora, me lembro que tive essa mesma sensação  na gravidez da Laura - e esquecemos. Logo o primeiro trimestre passa e começamos a viver novamente sem a sensação constante de fome/enjoo/azia.

     Estou também rodeada de muito apoio e carinho. Principalmente daqueles que mais ajudam tanto psicologicamente, como financeiramente. Meus suportes da vida. Não posso dizer que 100% das pessoas receberam a notícia de bem com a vida, mas graças a "D´us" não estou me importando muito com os sermões (ou melhor indiretas/tentativas/blablablás) , já tenho uma e tudo que eu queria dar a ela era Amor, e isso ela tem de sobra - assim como as outras coisas que vieram também e de sobra.
     Estou bem tranquila, ouvindo só o que me interessa e me deixando alegrar com as palavras de amor que venho recebendo. As ligações, os abraços. Apesar de não ter sido planejada e ter ficado bem assustada, todos sabem que no fundo eu queria e quem quer nos ver feliz, faz a gente ficar feliz =).

    Nessa gravidez, evito-me de contatos desnecessários e de preocupações de pessoas depressivas (com a própria vida, mas quer fazer também da vida alheia), não posso ter este luxo. Ainda não me sinto segura para ter este luxo - na verdade.  E ainda me sinto triste com este tipo de reação - o mesmo da gravidez anterior, provando-se totalmente errado nela e querendo novamente ter uma tentativa de "razão", o que posso fazer mesmo é tentar me afastar - se não fisicamente - psicologicamente da(s) pessoa(s), que por alguma razão ainda tento ter algum(ns) vínculo(s) e na(s) qual(ais) ainda me importa (-ava?).

Outra novidade é que já estou fazendo xixi em potinhos e participando do programa HCG, assim como na gravidez anterior. Vamos que vamos!

Mais informações sobre o programa: 0800 - 559020

Propagação da notícia

Fim de semana foi os dias para deixar a maioria atualizados sobre nossa nova condição.

Confesso que não acertei nenhuma sequer reação que eu achei que as pessoas teriam - nem sequer a minha! rs.

A maioria - thank´s god - recebeu a notícia MUITO bem, outras não manifestaram muitas reações,  mas confesso que TODAS foram melhores do que eu imaginei (e nem sei porque imaginei uns cenários arrebatadores! Deve ser hormônios).

Agora estou mais tranquila com este quesito - "dar a notícia" - ainda falta muita gente, mas estou bem tranquila com o restante. Aliás, tranquilidade é que esta permeando por enquanto esta segunda gestação.

Vamos caminhando, aos pouquinhos, esperando quase que contemplando cada momento.

Amamentação Tandem

Para não me esquecer, que não existe qualquer problema em amamentar a Laura e estar grávida <3

E sim, eu acho legal =).

1 semana da notícia

E hoje faz uma semana da notícia - quase que - espantosa.

Já fui a minha consulta na UBS - estranha e completamente desnecessária por sinal - e já marque ultrassons, consulta com obstetriz e palestras de gravidez. Também já fizemos (sim, plural porque o vini foi junto) exames de sangue.

Minha família já sabe, a do Vini ainda não conseguimos contar - parece que o assunto não surge. Até porque óbvio, tirando o Tio Ademir (E como queria que ele repetisse a pergunta agora! rs) ninguém chega em uma refeição e pergunta: e aí? esta grávida?

Ainda não tenho sintomas - fora a azia - e ainda não me dou bem com a barriga como dei na primeira gravidez. Ainda não sorrio do nada, nem me vejo ninando um bebê, de novo. A barriga ainda não tem aumentos perceptivos, mas já ganha beijos e abraços diários da irmã mais velha.

Vinicius esta radiante - me pego quase todos os dias me perguntando o porque daquela alegria toda e como ele pode estar tão de "boa" com isso. Não só me pergunto, como pergunto a ele. E ele sempre diz que se existe uma coisa pela qual nós fomos feitos, foi em sermos pais. que 2,3,4 5... filho para ele sempre vai ser alegria...

 Eu que acabo me aproveitando desta alegria toda. Ele esta sempre me mimando e fazendo comidas sensacionais todos os dias. Realmente, são dias intensos de emoções.

Caminharemos aos poucos, não estamos ansiosos como dá primeira vez, mais maduros talvez?

Sabemos que a gestação passa rápido e por hora, estamos tranquilos.

Segundinho vem aí...

Estou grávida. De novo.

Diferentemente do que me aconteceu na primeira gravidez  -planejada, sonhada e toda aquele mimimi romântico - e real - esse me pegou disprevinida e de calça arriada.
Diferentemente do que passou pela minha primeira gravidez, eu não vi estrelas no céu, nem as pessoas eram mais bonitas. Eu fiquei apavorada. 
Eu sei, bizarro, porque todo mundo sabe - eu queria mais um  - mas a sensação de que me deu foi mais uma coisa tipo isso:

Pensei em todo tipo de coisa: Do... "droga! vou perder minhas roupas... até nunca mais vou dormir na vida"

Sem sintomas nenhum - digo eu achava que nenhum - nem desconfiava da gravidez. Foram 5 kilos ganhos em 1 mês e eu me gabava do meu aumento de peso espetacular (faltava 5 para o que eu queria pesar) como se fosse responsável por isso. Fora, claro, a ausência de menstruação, que só me incomodou uns 18 dias depois de atrasado. Sem enjoo, sem sono pesado. N-A-D-A. 

Fiz o teste de farmácia e ao fazer xixi cruzei os dedos e pensei : "dê positivo para eu não ter gasto 10 reais a toa", nem menos de 1 segundo as duas faixinhas estavam lá e eu pensei: "não, não era brincadeira";

A minha reação me surpreendeu, nunca imaginei que eu estava "não" querendo um filho (eu!? gente, eu?!). Mais me surpreendeu foi a alegria bizarra do Vini. Me surpreendeu muito, não me lembro dele feliz deste jeito na vez que falei da Laura.... e era - a Laura - uma coisa que esperávamos a muito tempo, este filho ele tinha decidido mesmo a te-lo faz 15 dias, depois que ameacei comprar anticoncepcional que eu já tinha desistido. Mas assim? reações opostas?

Não deu outra, apavorada - sim apavorada - fui já procurar minha equipe de parto e quanto eu teria que gastar com isso. Por bizarro que pareça o "preço" não foi mais assustador do que perder as roupas (eu? preocupada com roupa? eu?! =S).

E assim o dia foi correndo... contei só na hora do desespero para meus pais e para duas  amigas que já passaram por isso (rs).

Peguei a Laura na escola e meio a lágrimas contei a ela:

- Laura, você quer um neném? mamãe espera um neném na barriga.

Para o dia se tornar mais bizarro, ela ergueu os braços e gritou no meio da rua:

  - ÊÊÊÊÊÊÊ! Neném Lalá!

Vim pelo caminho explicando que ela teria que dividir tudo, inclusive o tetê, os brinquedos, o papai e a mamãe (tentando talvez de uma forma sarcástica faze-la com que ela não quisesse ter um irmão?), ela cada vez mais sorria e ficava dizendo:

  -é, neném brinquedo lalá. é neném papai lalá (...).

Chegando em casa ela pediu o tetê, subimos no sofá e ela veio ao meu colo, pegou um dos tetês e disse espontaneamente:

 - Esse tetê da lalá (mamando o peito direito) e esse tetê neném (apontando para o peito esquerdo).

Passei a tarde mostrando fotos de neném e como ele estaria na barriga da mamãe agora (igual um girino), ela passava a mão e abraçava a barriga. Foi estranho.

O dia passou e eu me entusiasmava e hora ficava pensativa, a noite chegou sem que eu conseguisse dormir.

No dia seguinte marquei meu pré natal para fazer na UBS aqui perto.

Não sei se a ficha caiu - ou não - mas já estou voltando a ter lampejos de vontade de ter mais um neném em casa - afinal eu queria tanto - só ainda me sentindo incrivelmente esquisita =S. Devem ser hormônios.